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VACINA CONTRA HPV: EFICÁCIA NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

  • Foto do escritor: simposiosaiba
    simposiosaiba
  • 16 de set. de 2021
  • 3 min de leitura

O QUE É O HPV?

O Papilomavírus Humano é um vírus de DNA, que ao infectar a célula do hospedeiro induz uma proliferação celular desordenada e, dependendo da tipagem viral, caso seja oncogênico, pode evoluir com câncer de colo de útero.


A princípio, destaca-se os tipos 6 e 11 como de baixo grau que podem induzir condiloma acuminado ou neoplasia intraepitelial cervical (NIC 1), por exemplo. Já os tipos 16 e 18 são de alto grau, ou seja, integram ao DNA celular levando a mutações e displasias que desencadeiam carcinoma invasor.


O principal meio de transmissão desse vírus é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Sendo assim, o preservativo é uma barreira mecânica socialmente difundida.


A estratégia de vacinação de HPV como mecanismo de prevenção entrou no calendário oficial de vacinas no Brasil desde 2014. Porém, algumas das dificuldades ainda foram encontradas, como o programa de longo prazo e a grande resistência dos pais devido ao tabu sexual social que impede a adesão efetiva ao mecanismo preventivo.

Fonte: Jornal do Senado



MECANISMO DE AÇÃO DA VACINA

A vacina é quadrivalente, cobrindo os principais grupos: 6, 11, 16 e 18. Ela é aplicada por meio de duas doses, oferecidas gratuitamente pelo SUS para meninas e meninos de 9 a 14 anos de idade. A imunização é distribuída e indicada, ainda, para pessoas portadoras do vírus HIV ou transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos.


As vacinas profiláticas evitam a infecção pelo HPV e suas doenças associadas e as terapêuticas induzem a regressão das lesões pré-cancerosas e a remissão do câncer invasivo. As primeiras são compostas pela proteína capsídeo L1 do HPV que se auto-reproduz em partículas virus-like (VLP) quando expressa em sistemas recombinantes, induzindo forte resposta humoral com anticorpos neutralizadores. Determinam 100% de proteção contra a infecção pelos tipos específicos do HPV e impedem o aparecimento de neoplasias intraepiteliais de alto grau até pelo menos 5 anos após a imunização. Embora as vacinas terapêuticas induzam imunidade celular e humoral, não demonstraram eficácia clínica consistente. 10 De qualquer maneira parece sensato imaginar que a melhora das imunidades celular e humoral deva evitar a replicação viral nas células com DNA viral integrado, bem como impedir que novas infecções pelo HPV ocorram.



Portanto, as vacinas vêm se mostrando mais efetivas quando administradas antes do início da atividade sexual e as campanhas de vacinação deverão ter como alvo os adolescentes e os pré-adolescentes. Espera-se, com o uso disseminado da vacina, que 70% dos cânceres cervicais sejam evitados, bem como a mesma proporção das outras doenças anogenitais associadas à infecção pelo HPV.





REFERÊNCIAS

  1. BEREK, Jonathan S. Tratado de Ginecologia Berek & Novak. 14 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan.

  2. BORSATTO, A. Z.; VIDAL, M. L. B.; ROCHA, R. C. N. P. Vacina contra o HPV e a Prevenção do Câncer do Colo do Útero: Subsídios para a Prática. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 57, n. 1, p. 67-74, 31 mar. 2011.

  3. OLIVEIRA, Maria Sulenir Ferreira de et al. Knowledge and acceptability of HPV vaccine among HPV-vaccinated and unvaccinated adolescents at Western Amazon. Revista da Associação Médica Brasileira [online]. 2020, v. 66, n. 8.

  4. MOURA, Lívia de Lima, Codeço et al. .Cobertura da vacina papilomavírus humano (HPV) no Brasil: heterogeneidade espacial e entre coortes etárias. Revista Brasileira de Epidemiologia [online]. 2021, v. 24.

  5. SILVA, Vanessa Filipa Guedes et al . Vacinação contra o papiloma vírus humano no gênero masculino em idade pediátrica: qual a evidência?. Rev Port Med Geral Fam, Lisboa , v. 35, n. 5, p. 382-391, set. 2019 .

  6. ZARDO, Geisa Picksius et al. Vacina como agente de imunização contra o HPV. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2014, v. 19, n. 9.

  7. OSIS, Maria José Duarte et al. Conhecimento e atitude de usuários do SUS sobre o HPV e as vacinas disponíveis no Brasil. Revista de Saúde Pública [online]. 2014, v. 48, n. 1.



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