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Macrófago: Célula do Sistema Imune Fundamental no Processo de Cicatrização

  • Foto do escritor: simposiosaiba
    simposiosaiba
  • 12 de ago. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 8 de mar. de 2022


INTRODUÇÃO

A cicatrização é um processo pelo qual o tecido lesado é substituído por tecido conjuntivo vascularizado, para garantir a integridade, porém, com prejuízo de função.

O tipo de reparo depende da capacidade regenerativa dos tecidos, nesse caso, os tecidos permanentes, ou seja, sem a capacidade proliferativa, como os neurônios e as células musculares cardíacas. O que ocorre nesses casos é uma hipertrofia compensatória, para garantir a arquitetura estrutural, a força tênsil e a aproximação das bordas da lesão.


FASES DO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO

O processo de cicatrização ocorre em fases:

1. A lesão tecidual gera um extravasamento de substâncias dos vasos sanguíneos, como os fibrinopeptídeos e a trombina, originando a fase inflamatória.

2. Na fase inflamatória, forma-se um coágulo, que inicia toda a ativação da inflamação, através da liberação de mediadores químicos, provenientes do próprio coágulo, das células aprisionadas no tecido lesado e das céulas epitelias das bordas da lesão. Terminações nervosas liberam taquicininas e os mastócitos liberam histamnia, devido ao efeito mecânico da lesão. A liberação dessas substâncias promove a vasodiltação arteriolar, etapa fundamental nesse processo.

Os monócitos, através da diapedese, ou seja, a saída de células do sistema imune dos vasos sanguíneos em direção ao tecido lesado, dão origem aos macrófagos.

3. Fase proliferativa: angiogênese e fibrogênese formam o tecido de granulação, um tecido conjuntivo neoformado e ricamente vascularizado, que possui infiltrado crônico inespecífico: linfócitos, plasmócitos, macrófagos e fibroblastos

4. Remodelamento: após todas essas etapas, as metaloproteases degradam os tecidos lesados, logo, novos componentes da matriz extracelular podem preencher a lesão. Por fim, ocorre a retração, a aproximação das bordas da lesão por meio dos miofibroblastos.


PAPEL DOS MACRÓFAGOS NA FASE INFLAMATÓRIA E PROLIFERATIVA

Os macrófagos são células do sistema imunológico com uma grande atividade fagocítica, principalmente sobre os debris celulares (restos celulares) e nos resquícios da lesão.

Além disso, outra função muito importante dos macrófagos é a quimiotaxia, ativando citocinas e fatores de crescimento, como, o TFG-B (fator transformador de crescimento B, que gera proliferação dos fibroblastos), VEGF (fator de crescimento endotelial vascular, importante para a angiogênese) e o EGF (fator de crescimento epidérmico, que também atua nos fibroblastos)


CONCLUSÃO

Portanto, percebemos a importância dos macrófagos no processo de cicatrização. Essas células são primordiais nas fases inflamatória e proliferativa, pois funcionam como pontos-chave de todo esse processo. A fagocitose e a quimiotaxia são os alicerces que circundam a resposta do sistema imune, sendo, então, indispensáveis para que ocorra um reparo eficiente.


REFERÊNCIAS

  1. Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas das Doenças, 8ª ed., Elsevier/Medicina Nacionais, Rio de Janeiro, 2010;

  2. GERALDO BRASILEIRO FILHO. Bogliolo Patologia Geral, 4ª ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2009;

  3. VIDIGAL JUNIOR, Guaracilei Maciel et al . Prosthetically Driven Alveolar Reconstructions: A Retrospective Study.

  4. Braz. Dent. J., Ribeirão Preto , v. 31, n. 5, p. 458-465, Sept. 2020;

  5. Aiba-Kojima E, et al. Characterization of wound drainage fluids as a source of soluble factors associated with wound healing: comparison with platelet-rich plasma and potential use in cell culture. Wound Repair Regen. 2007 Jul-Aug;

  6. NEFFA L, MAIA VR, COELHO CMS, ARAÚJO IC. Uso da terapia de pressão negativa no tratamento de deiscência em abdominoplastia de paciente pós-bariátrico: relato de caso. Rev. Bras. Cir. Plást.2019;34(0):41-44.




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