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Caso Clínico I

  • Foto do escritor: SAIBA+
    SAIBA+
  • 24 de abr. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 24 de mai. de 2020

1. Escolar de oito anos apresentou, há sete dias, quadro de febre (T.ax.39,5ºC), cefaleia, hiperemia conjuntival e mialgia. Foi levado à emergência, sendo medicado e tratado de acordo com mais provável quadro de: A) dengue B) zika C) chikungunya D) sarampo 2. Três dias depois, o mesmo escolar retornou à emergência, afebril, prostrado, com vômitos persistentes e dor abdominal. Exame físico recente: T.ax.: 36,2ºC, FR: 52irpm, FC: 120bpm, PA: 85 x 55mmHg. Exames laboratoriais: Hb: 12g/dl, Ht: 36%, Leucócitos: 4.200/mm3, Linfócitos: 30% e Plaquetas: 110.000/mm3. O que determina a internação imediata desse paciente? (A) hipotermia (B) trombocitoce (C) dor abdominal (D) linfocitose 3. Em quanto tempo se positiva o teste de pesquisa de anticorpos da classe IgM para a dengue? A) 1 dia B) 2 dias C) 3 dias D) 5 dias E) 10 dias 4. No que tange à suscetibilidade e imunidade à dengue, assinale a opção incorreta. a) A suscetibilidade ao vírus da dengue é universal. b) A imunidade para o mesmo sorotipo não é permanente c) Há elevação lenta de anticorpos na resposta primária d) A resposta secundária pode relacionar-se a forma grave

Gabarito:

1. A

Comentário: A dengue é uma doença altamente prevalente e apresenta um quadro clínico característico de febre alta de início (podendo durar de 4-7 dias), mialgia e dor retro-orbitária. Pode haver, nas primeiras 24hrs, rash cutâneo e prurido. A vermelhidão nos olhos pode estar associada à dengue, mas mais comumente é encontrada na Zika e Chikungunya. No entanto, a sintomatologia da Zika é mais branda, enquanto a Chikungunya é mais associada à febre e artralgia intensa. Já no Sarampo, geralmente o paciente apresenta-se com tosse seca, coriza, odinofagia e conjuntivite. Assim, o diagnóstico provável trata-se de dengue, porém a propedêutica laboratorial deve ser adotada para confirmação. Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Dengue: diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – 5. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2016.

2. C

Comentário: Os sinais e sintomas de alarme da dengue são: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, hepatomegalia dolorosa, derrames cavitários, sangramentos importantes, hipotensão arterial e postural, diminuição da diurese, letargia/agitação, pulso rápido e fraco, extremidades frias e cianóticas, lipotimia, diminuição da temperatura corporal, sudorese profusa e aumento repentino de hematócrito. O paciente se encontrava normotérmico, taquicárdico, vomitando e com dor abdominal. Ao hemograma, é esperado que haja trombocitopenia severa (abaixo de 100.000/mm3), hemoconcentração abaixo de 38%, leucopenia e neutropenia na dengue hemorrágica infantil. Fonte: mergências clínicas: abordagem prática / Herlon Saraiva Martins...[et al.]. -- 10. ed. rev. e atual. -- Barueri, SP : Manole, 2015.

3. D

Comentário: O exame sorológico baseado na captura de IgM por ELISA (MAC-ELISA) é um dos mais disponíveis na prática para a confirmação do diagnóstico de dengue. Ele é capaz de detectar infecções recentes, tanto em casos de primoinfecção, quanto reinfecção. Porém, os anticorpos só começam a ser produzidos em quantidades significativas após o 6º dia de doença (5 dias após o início dos sintomas), quando o método passa a ser o de escolha para o diagnóstico em larga escala, permanecendo positivo por 30 a 60 dias. Fonte: Murphy, B. R., & Whitehead, S. S. (2011). Immune Response to Dengue Virus and Prospects for a Vaccine. Annual Review of Immunology, 29(1), 587–619. doi:10.1146/annurev-immunol-031210-101315.

4. B

Comentário: Na dengue, a imunidade é permanente para um mesmo sorotipo (homóloga). Por exemplo: uma pessoa infectada pelo sorotipo 1 é imune a tal sorotipo para toda a vida; pode, porém, ser infectada por qualquer um dos outros três sorotipos e nessa situação, o risco de dengue hemorrágica aumenta. Fonte: Murphy, B. R., & Whitehead, S. S. (2011). Immune Response to Dengue Virus and Prospects for a Vaccine. Annual Review of Immunology, 29(1), 587–619. doi:10.1146/annurev-immunol-031210-101315.

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