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Imunocromatografia

  • Foto do escritor: simposiosaiba
    simposiosaiba
  • 28 de out. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 8 de mar. de 2022

Os testes de imunocromatografia, também conhecidos popularmente como “teste rápido”, são testes de elevada sensibilidade e capazes de identificar doenças infecciosas e até mesmo hormônios. No geral, os resultados desses testes levam em conta a presença de antígenos na amostra coletada.


Atualmente existem testes imunocromatográficos para inúmeras doenças, como dengue, Zika, HIV, sífilis e COVID-19. A realização desses testes se destaca por vantagens como a rapidez, por haver obtenção de resultados em períodos menores que 20 minutos, o baixo custo, por não demandar estrutura laboratorial complexa, e sua praticidade, por ser facilmente encontrado em farmácias e poder realizado por um farmacêutico ou técnico com treinamento adequado.


O teste é realizado em uma membrana feita de nitrocelulose ou nylon coberta por acetato transparente, para que o resultado seja mais facilmente visualizado, com áreas reagentes e outras bloqueadas com proteína inerte. O componente estudado reage nos locais correspondentes e formam um padrão a ser lido e interpretado pelo profissional habilitado. O funcionamento do teste se dá com a adição da amostra coletada no local indicado, junto à uma solução-tampão, para que a solução resista a mudanças de pH.


Como exemplo, vamos utilizar o teste para a dengue:

Foi colocada a amostra do paciente com o antígeno NS1. Na região de aplicação da amostra tem um conjugado de anti-NS1 marcado com ouro coloidal. Assim, quando o antígeno coletado se liga ao conjugado, forma-se um complexo com ouro, o antígeno NS1 e o anti-NS1.

Esse complexo começa a migrar pelos capilares, até atingir a fita de nitrocelulose, que tem anticorpos anti-NS1 em sua linha de teste. Desse modo, quando o complexo passa por esses anticorpos, teremos uma ligação da banda colorida que será visível, devido ao ouro coloidal. Após a linha de teste, temos o controle, onde há anticorpos monoclonais contra o anticorpo que foi conjugado.



Hoje no Brasil temos cinco principais tipos de testes imunocromatográficos: de fluxo lateral, de dupla migração, de imunoconcentração, por aglutinação e por fase sólida.


IMUNOCROMATOGRAFIA DE FLUXO LATERAL: nesse caso, a amostra e a solução-tampão são colocadas no mesmo lugar, uma em cima da outra e a partir disso, os anticorpos fluem lateralmente pela membrana com a solução reagente, entrando em contato com marcadores controle (C) e teste (T). Em T, se ligarão no componente a ser analisado, e em C, capturados com anticorpos anti-imunoglobulina.


IMUNOCROMATOGRAFIA POR IMUNOCONCENTRAÇÃO: a execução desse teste é semelhante ao de fluxo lateral, no entanto, há um segundo tampão que libera partículas conjugadas, e é aplicado em outra região, migrando separadamente ao outro ponto até o local de leitura do teste.


TESTE POR IMUNOCONCENTRAÇÃO: nesse teste o resultado é dado por uma ração com concentração e anticorpos, que irão se ligar e formar um complexo. Nesse teste ainda temos os marcadores de controle e teste.


TESTE RÁPIDO POR AGLUTINAÇÃO: as amostras são colocadas em suspensão junto com o antígeno, em uma substância de gelatina ou látex, e aproximadamente uma hora após, caso haja reação, eles irão de aglutinar e formar partículas visíveis.


TESTE RÁPIDO POR FASE SÓLIDA: nesse teste, utiliza-se um pente que será exposto a uma amostra extraída do paciente, para observar as reações decorrentes do contato dos anticorpos com as anti-imunoglobulinas. Após isso, é passado para um segundo recipiente onde há um conjugado. E por fim, um terceiro, onde há um substrato, ocorrendo a reação visível. O resultado positivo, caso tenha tido contato com o vírus é dado por formação de círculos coloridos ao fundo.


Diante disso, independente do da metodologia utilizada, sempre teremos 3 resultados possíveis: Reagente, que se traduz como positivo e quando o mostrador de resultados exibe tanto o controle, quanto a linha de teste (podendo estar em intensidades diferentes de cor). Não reagente, traduzido com mnegativo, é quando apenas o controle (C) é visível e o teste (T) não sofreu qualquer alteração. Inválido ou inconclusivo, geralmente quando a linha do controle (C) não fica visível, assim indicando-se a realização de um novo teste.



Fontes:

VAZ, Adelaide José; MARTINS, Joilson de Oliveira; TAKEI, Kioko; BUENO, Ednéia Casagranda. Imunoensaios: Fundamentos e aplicações. [S.l: s.n.], 2018.




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