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Lúpus: uma doença autoimune

  • Foto do escritor: simposiosaiba
    simposiosaiba
  • 28 de nov. de 2021
  • 2 min de leitura

O Lúpus Eritematoso sistêmico (LES) é uma doença rara, inflamatória, crônica, autoimune e de etiologia multifatorial.

A imunopatogenese do LES é caracterizada pela ativação descontrolada de linfócitos T e B, desregulação da apoptose e desregulação do sistema fagocitário. Essas alterações induzem a produção de autoanticorpos, os quais dão origem a complexos imunes circulantes persistentes que se depositam em diversos órgãos, desencadeando um processo inflamatório, que dá origem aos sinais e sintomas dessa enfermidade.


O lúpus eritematoso sistêmico pode acometer qualquer indivíduo, entretanto ele é mais prevalente em mulheres asiáticas, africanas, hispânicas ou americanas, sendo a proporção de 9:1 de mulheres para homens.

De acordo com vários estudos, o prognóstico para essa doença melhorou bastante nos últimos anos e atualmente pessoas com LES podem ter uma vida útil normal.


Manifestações clínicas:

Indivíduos com LES podem apresentar diversos sintomas, entre eles, estão as manifestações cutâneas, articulares, renais, neuronais, hematogênicas, cardíacas e pulmonares.

Na pele, pode haver a formação de hash malar ou lúpus discoide, que são manchas bem avermelhadas que geralmente surgem no rosto. Nas articulações costuma-se sentir bastante dor. No sangue pode ocorrer uma anemia, plaquetopenia, leucopenia, trombose e vasculite. E no pulmão pode haver uma pneumonite, pleurite, embolia pulmonar e hemorragia pulmonar.

Com relação ao sistema renal, o paciente pode apresentar urina espumosa, sangue na urina e insuficiência renal. E, com relação ao sistema cardiovascular pode ocorrer hipertensão, miocardite, pericardite, endocardite e infarto.


É importante ressaltar que esses sintomas não estão presentes em todos os pacientes e que os mais comuns são fadiga, febre, dor nas articulações, rigidez muscular e rash cutâneo.

Fatores de risco:

Segundo ZANDMAN-GODDARD et al, infecções pelo citamegalovírus, Epstein-Barr e Parvovírus B19 configuam-se como fatores de risco para LES. Além disso, o álcool, o estresse, as vacinas, os contraceptivos com estrógeno ou terapia de reposição hormonal e a exposição a raios UV também podem ter relação com o Lúpus. Isso ocorre, porque esses fatores ambientais, hormonais e infecciosos podem afetar o sistema imune levando a formação de autoanticorpos, principalmente de contra antigenos nucleares.


Diagnóstico:

O diagnóstico de LES é feito a partir da análise dos sinais e sintomas, juntamente com o resultado dos exames laboratoriais. Neste é solicitado um teste de pesquisa dos anticorpos atinucleares, dosagem do complemento sérico e teste para dosar C3 e C4, urina I, uréia, creatina, hemograma completo, velocidade de hemossedimentação e proteína C reativa.

O diagnóstico é dado com bastante certeza quando verifica-se a presença de anticorpos antinucleares nos exames laboratoriais.


Referências:

  1. ASSIS, Marcos Renato de; BAAKLINI, César Emile. Lúpus eritematoso sistêmico. RBM rev. bras. med, p. 274-285, 2009.

  2. SILVA, Elaine Cristina Santos; SENA, Q. M. S.; CAVALCANTE, Y. V. N. Mecanismos Imunológicos do Lúpus Eritematoso Sistêmico. XIII Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão-Jepex UFRPE, Recife, v. 9.

  3. GÓMEZ-PUERTA, José A.; CERVERA, Ricard. Lupus eritematoso sistémico.Medicina & laboratorio, v. 14, n. 05-06, p. 211-223, 2008.



 
 
 

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